Você está em http://www.polivet-itapetininga.vet.br GPI PIPCOV Animais de Estimação

 

Animais de Estimação

Separamos alguns textos para dar melhores indicações sobre como cuidar de seu animal de estimação.

 

Sujeira no Local Certo

Por que nossos animais de estimação fazem xixi e coco em lugar errado ao invés de onde queremos que façam??? A resposta para isto nos levará a sabermos como corrigir estes hábitos.

Por que não sabem onde queremos que façam.

Quando criançinhas nossos pais levam em média dois anos para nos ensinar onde devemos fazer xixi e coco, temos toda a atenção deles, mas não nossos pets. Estes gostaríamos que viessem já previamente programados para xixi e coco no lugar certo. Não é assim que funciona.

Os animais não entendem a linguagem verbal, podem até acatar a alguns comandos, mas não tem entendimento da linguagem verbal.

Quando conversamos com nossos animais de estimação devemos sim "falar" em uma linguagem que eles entendam, e temos certa dificuldade para isto.

Bater no animal quando encontramos excrementos em lugares errados é dizer para eles que não queremos o excremento ali, não que não deveria ter sido liberado em tal local... Existem muitos casos de animais que chegam a comer excrementos tentando retirá-los do local inadequado ... Não é o que queremos...

Para isto propomos uma atuação em duas frentes:

Nossos resultados tem sido excelentes nestes meses todos tanto para uso em nossa clínica - POLIVET-Itapetininga Policlínica Cardilogia & Odontologia Veterinária quanto no Ninho dos Lobos Guara (http://www.polivet-itapetininga.vet.br) quanto para nossos clientes.

 

Portanto, não solte seu animal- Campanha anti caca ;-))


Emergências na Clínica Veterinária

O que fazer enquanto o doutor não chega ???

O que devemos ter em uma caixa de primeiros socorros para nossos pets ???

Pacotes de gaze compressas, rolo de faixa crepe, algodão, esparadrapo, palitos de sorvete (como aqueles que os pediatras utilizam), uma seringa de 20 ml, luvas de procedimento (tipo luvas de látex, ou cirúrgica), uma tesoura tipo estudantil sem ponta , uma fralda de pano limpa, um pedaço de sabonete, meio metro de garrote de latex...

Medicamentos: álcool iodado, uma pomada tipo furacim, vaselina líquida, água oxigenada 10 ou 20 volumes, prometazina (tipo fenergam) para os casos de choque alérgico.

Se você vive no campo, vai fazer turismo ecológico ou algo semelhante, o providencial soro anti-ofídico polivalente é sempre útil.

Não devemos esquecer das CAMPANHAS ANTI CACA, ou seja, ao ir passear com seu cão, leve uma pazinha e saquinho para recolher o coco. Todos amamos nossos cães, mas odiamos pisar em caca de cachorro.

É um bom luxo: Um termômetro, um pedaço de "tripa de mico" (garrote de tubo de latex), saquinhos plásticos (para colocar o lixo, papel sujo) rolo de papel higiênico para limpar babeiras, sangue, etc... é útil, isto sem falar daquela outra função...

Por vezes um cão ferido pode querer morder até o proprietário, então, como improvisar a focinheira ???

Passe uma faixa de esparadrapo com uns 5 cm largura do fuço do bicho de forma a dar várias voltas !

 

Algumas das emergências encontradas:

Corte com hemorragia:

Um corte pode não ser muito profundo mas sangrar bastante, principalmente se atingir uma artéria. Nestes casos o sangramento será muito mais perigoso do que o corte em si e devemos tratar de estancá-lo. Aqui o repouso é sempre indicado.

Existem hemorragias que não vão parar: prenda a circulação com a "tripa de mico" (garrote). Se você não a tem, pode utilizar uma corda, cadarço de sapato ou então pegue uma faixa e passe-a pela pata afetada, de forma bem solta. Com um graveto, ou alguns palitos de sorvete você faz um torniquete, ou seja, você passa os palitos de sorvete pela faixa e os giram até apertar bem a pata e cortar a circulação. Amarre acima da lesão. Não tem lugar certo, quanto mais baixa a lesão mais baixo você amarra. CUIDADO: a cada 10 minutos, no máximo, você tem de soltar a faixa, deixar o sangue correr e apertar novamente. Se você deixar a pata apertada, sem a necessária circulação, poderá provocar uma gangrena: a falta de oxigenação tecidual provocará a liberação de radicais livres, matando o tecido, pode levar o animal a uma ICA (Insuficiência Cardíaca Aguda) e até a óbito. 

Produtos em pó, como: pó-de-café ou borra de café, açúcar, farinhas, NUNCA devem ser utilizados, pois podem causar uma infecção e gangrena levando o animal a perder a pata ou até pior.

Isto posto, vamos correr e chamar o doutor.

 

Ataques ou convulsões

Da mesma forma que humanos, os animais estão sujeitos a ataques e convulsões. As principais causas são: intoxicações, infecções, infestações, doenças genéticas, acidentes, ou simplesmente uma questão idiopática.

Embora de aspecto repugnante, uma convulsão em si não é motivo de emergência, mas pode causar emergências, quando, por exemplo, o animal se ferir em uma queda ou mesmo mordendo a própria língua. A hemorragia pode ser séria.

A melhor providência é a de se colocar um pedaço de madeira, como um cabo de vassoura, na boca do animal, entre os dentes incisivos superiores e inferiores, e evitar que estes fiquem próximos a barrancos, degraus, desníveis, puxando-os pelo rabo a um local seguro.

Jamais introduza a mão na boca de um animal em convulsão, quer seja ele da espécie canina ou humana. No ato da convulsão, não existe consciência, ele não o reconhecerá, e poderá inclusive amputar-lhe o dedo. O mesmo pode se dar a animais sedados.

Depois destas providências, deixe o animal em paz. Quanto maior o silêncio, e a quietude, melhor.

 

Para imobilizar uma pata torcida ou quebrada:

Coloque na posição correta se possível, mas NUNCA force, se não estiver solta, imobilize na posição que está, o médico veterinário irá acertar.

Nunca torça, force, estique, mas sim procure proteger os membros e a coluna dorsal de seu amigo.

Enrole a faixa crepe em torno da pata (não se esqueça da focinheira improvisada!), deixe preparados os palitos de sorvete e esparadrapo para colocar em torno da faixa crepe.

Assim, depois de enfaixar, pegue os palitos e prenda-os com o esparadrapo. O tamanho do esparadrapo e a quantidade de palitos vão depender, é claro, do tamanho da pata de animal.

Corra para o seu médico veterinário, mas cuidado: a idéia é tentar dar alguma imobilidade. Não aperte muito, pois além de provocar dor desnecessária ainda pode edemaciar (inchar) e complicar .

 

 

Queimadura:

 Queimaduras podem ser por temperatura (calor ou frio), ou por agentes químicos como um ácido, soda cáustica ou similares. Quanto à temperatura: para o frio, nada como um bom "escalda pé", ou seja, manter a região imersa em uma água morna, ou tão quente quanto seu dedo mínimo possa suportar.

 Para queimaduras por calor, nada se eqüivale a uma meia hora de água corrente (não muito forte) escorrendo na lesão. O mesmo vale para os caso de produtos químicos. Água em abundância é a melhor solução, e quanto mais cedo melhor. Não economize água, utilize muita água mesmo. Deixe a água correr. Nestes casos devemos tomar o máximo cuidado pois trata-se de ferimento muito doloroso.

Após a limpeza inicial, se necessário, pegue as compressas de gaze, umedeça-as com vaselina líquida para não grudar e aplique sobre o local afetado. Enfaixe e corra para a sua clínica veterinária de confiança.

 

Atropelamentos e brigas:

Na grande maioria dos casos o proprietário é que não estava cuidando do animal. Antes de qualquer coisa, lembre-se: "Posse responsável na guarda de animais", ou seja, os animais devem estar presos em guias e coleiras. Lembre-se que a lei de Irresponsabilidade na guarda de animais pode causar muita dor de cabeça a propriétários negligentes, também na esfera legal.

 O maior problema que um animal tem em um atropelamento ou em brigas está nas fraturas e hemorragias, assuntos já discutidos, separadamente.

Aqui cabe uma sugestão: ao invés de ficar discutindo sobre quem é o culpado, corra para uma clinica veterinária próxima.

 

Parto:

Na grande maioria dos casos, o proprietário é o maior problema que um animal tem para realizar seu parto. As fêmeas precisam de um ambiente calmo, seguro e confortável para tal. A duração normal para um parto é de cerca de 12 horas de pródromos ( preparação) e mais umas duas horas por filhote. Ao nascer cada filhote, as fêmeas mesmo cuidam de seus filhos, lambendo-lhes e ingerindo não apenas as placentas como também os líquidos aminióticos, o que é muito importante para a reposição de eletrólitos.

O cordão umbilical a mãe mesmo corta. Se você quiser, após passada a correria do parto, aplicar um álcool iodado não fará mal. A caudectomia para as raças que cortam o rabo é feita nas primeiras 24 horas, e deve seguir um padrão específico para cada raça. Após a consulta neo-natal, recomendamos que o filhote retorne à clínica veterinária aos 15 dias para dar início ao tratamento pediátrico.

 

Ingestão de algum veneno

 Primeiro verificar o rótulo se o vômito é aconselhável. Em caso positivo, forneça 20 ml de água oxigenada a 5% para seu animal, ou, 10 ml de água oxigenada 10% acrescida de 10 ml de água normal. Ou ainda, 5 ml de água oxigenada 20% acrescida de 15 ml de água comum. Em qualquer uma das hipóteses, o resultado será água oxigenada a 5%. A água oxigenada vai espumar no estômago do animal e forçá-lo a vomitar. Na falta, um copo de água com excesso de sal ( até não dissolver mais) pode ser útil.

Depois de vomitar, ou para os casos em que o vômito não é aconselhável, fornecer carvão vegetal, uma pedrinha do tamanho de uma noz, moído, acrescido de umas duas claras de ovo cruas. Fazer o bicho engolir. Um bom copo de leite pode ser fornecido também.


Ofidismo na Clínica Veterinária 

Se vamos ter em nosso estojo de primeiros socorros soro anti-ofídico, teremos de ter algumas noções sobre este assunto:

No Brasil existem basicamente:

BOTHROPS: ou o grupo das jararacas e urutus, encontradas abundantemente nas regiões de matas e florestas. As duas maiores características das Bothrops são apresentarem a ponta da cauda lisa e o fato de que na cabeça identificaremos, aparentemente, dois pares de narinas: um par bem frontal e outro par entre as narinas e os olhos. Na realidade, este segundo par não se trata de narinas, mas sim de fossetas loreais, um órgão especializado na localização de presas.

São animais que apresentam grandes presas dianteiras, retráteis, ou seja, a cobra dobra os dentes e guarda na boca, de forma que em uma observação não detalhada podemos não ver suas grandes presas.

A grande maioria dos acidentes ofídicos são causados por exemplares deste grupo, quase 90% .

Os sintomas mais comuns são: inchaço, dor, muita dor, tumefação, sangramento pelo nariz, olhos, às vezes pelo orifício de penetração. Se coletarmos um pouco do sangue do animal, veremos que não coagula. Na realidade todos os fatores de coagulação foram "queimados" pelo veneno. Como há uma hemólise intensa, a urina fica vermelha. Coletada e guardada em cuba, não se separa em duas fases, pois não se trata de hemácias inteiras, mas sim de restos de hemólise. Podem causar bolhas de água ou sangue, gangrenas, abscessos, óbito por insuficiência renal aguda irreversível.

NUNCA AMARRE A FERIDA SE ESTIVER FRENTE A UM ACIDENTE BOTHROPICO.

LACHESIS: Trata-se de grandes cobras peçonhentas das florestas amazônicas. À semelhança das Bothrops apresentam fossetas loreais, mas na ponta do rabo tem escamas torcidas na forma de um chocalho. As características dos acidentes lachéticos são bastante semelhantes ao das Bothrops já discorridos acima.

CROTALUS: A Cascavel é uma cobra de tamanho médio, não atingindo os 2 metros. Gosta de climas quentes e secos, e tem como principal característica, fácil de identificar, um guiso na forma de bolinhas na ponta do rabo. Possuem também as "fossetas loreais" já explicadas quando falamos das Bothrops.

Os sinais de intoxicação por um acidente com cascavél são de neuro-intoxicação: ptose palpebral, pálpebras caídas, cara de bêbado. Não necessariamente haverá inchaço, a urina se torna vermelha mas se separa em duas fases se armazenada em uma cuba: uma fase límpida e a de baixo avermelhada. Ou seja, existem hemácias inteiras, então é Cascavel. As complicações esperadas são uma Insuficiência Renal Aguda, irreversível, tendendo para óbito.

No caso de se ter certeza absoluta que o acidente se deu por uma cascavel, pode se colocar um torniquete: prender 10 minutos, soltar 5 minutos, prender 10 minutos, soltar 5 minutos... até o socorro médico. Mas se houver qualquer dúvida entre uma Crotalus ou Bothrops, na dúvida, NÃO PRENDA:o(

MICRURUS: as corais são cobras listradinhas, com anéis pretos, vermelhos, amarelos. Existe também uma coral preta e branca e gene de albinismo em corais, ou seja, corais albinas são brancas.

Elas não têm como pegar os cães. Sua boca é pequinininha, os dentes no fundo, conseguem causar danos em humanos se atacarem um dedo, mas não conseguiriam por exemplo aplicar o veneno em um braço humano ou de um cão.

Corais verdadeiras, se picam os dedos de homens, normalmente, quando o acidentado tira a mão a coral vem junto, presa no dedo do cidadão. Este é um problema de anatomia geográfica das corais: boca pequena, dentes injetores instalados no fundo da boca.

Os acidentes com coral provocam sintomas de neuro-intoxicação: dificuldade de abrir os olhos, ptose palpebral, dificuldade em engolir, insuficiência respiratória que pode levar a óbito. É considerado um dos mais letais venenos.

O USO DO SORO ANTI-OFÍDICO: No mercado existem várias marcas de soro anti-ofídico, alguns Bothrópicos-Lachéticos, outros Bothropicos-Lacheticos-Crotálicos.

O volume de soro que deve ser dado depende do fabricante, não está para o tamanho do animal, mas sim para a quantidade de veneno injetada.

Lembramos aqui inclusive que embora filhotes de cobras tenham um volume pequeno de veneno, este é bastante concentrado. Não subestime, portanto, os acidentes causados por estes filhotes.

Não devemos ir aplicando o soro sob qualquer suspeita de acidente ofídico. Muitas cobras não peçonhentas podem morder um animal para se proteger, e nestes casos, a aplicação de soro não se faz necessária. Idealmente, indicamos que os proprietários de animais sob suspeita de envenenamento ofídico levem seu animal e o soro a uma clínica veterinária para lá ser realizado o tratamento mais correto.

Via de regra o soro é aplicado via sub-cutânea, sendo ocasionalmente aplicado na via endo-venosa, o que aumenta em muito o risco de choque.

Para se evitar o choque alérgico não apenas no caso de aplicação de soro anti-ofídico como acidentes por abelhas, vespas, marimbondos ou aranhas, algumas ampolas de prometazina (Fenergam) podem ser muito úteis.

 Quaisquer dúvidas ou sugestões, disponham de nossas facilidades.


Cães e Gatos: Biosseguridade e Pediatria

Biosseguridade Alimentar:

Animais de estimação podem se alimentar com comidas de mesa, ou, seja, o alimento que nós comemos, mas com isto corremos o risco de não estarmos dando aos nossos "amiguinhos" uma alimentação realmente completa e balanceada, além de uma maior chance de uma toxi-infecção alimentar.

Existem hoje no mercado uma infinidade de rações: para cães, gatos, peixes, iguanas, tartarugas. Estas são secas e portanto não estragam com facilidade.

Na época quente do ano, não leva mais de que meia hora para azedar uma comida, portanto se colocarmos os alimentos úmidos para um cão às 12 horas, e até às 13 ele não tiver comido, o alimento já pode ter-se estragado, ou seja, já estar em condições de provocar uma toxi-infecção alimentar.

Disto tiramos que ao darmos alimentos úmidos aos cães, devemos prestar muita atenção para após, no máximo 10 minutos já termos recolhido o prato de comida e descartado o que sobrou.

Na realidade, também com ração seca devemos ter este cuidado, mas aí para não atrairmos ratos e outros parasitas.

Pelas razões descritas acima também desaconselhamos as rações úmidas, de latinha, tanto para nossos animais como para nosso próprio consumo, tipo feijoadas em lata, almôndegas, para nós, e as rações úmidas para eles.

Resumindo:

 

Imunoprofilaxia Pediátrica

Não saia com seu animal antes de completa vacinação.

Para cães:

Para gatos:

Para todos:

NAO RECOMENDAMOS:


Complexo Gastro-Entérico: Parvovirose & Cia.

CGE (Complexo Gastro-entérico) é uma associação de doenças infecciosas que provoca uma infecção e uma conseqüente inflamação intestinal denominada de gastroenterite hemorrágica, com sintomas de vômito e diarréia com sangue, o que faz com que o animal não apenas perca grande quantidade de líquido, levando-o a uma desidratação, mais ou menos severa, como também, inclusive por liberação de radicais livres, provocam lesões várias internas que podem culminar em óbito.

Os vários componentes que juntos formam o CGE são entre outros: vírus, vermes intestinais, protozoários, toxi-infecção alimentar, sobre os quais discorreremos.

VÍRUS: O Parvovírus é o principal dos componentes deste grupo no CGE, é na realidade uma mutação do vírus da Panleucopenia Felina, que se adaptou aos cães, mas não é o único componente deste grupo, tendo como principal parceiro o Coronavírus. As viroses, ou gripes, são de tratamento delicado, pois seu combate depende muito mais da reação do animal de que a medicamentos propriamente ditos. Uma boa gripe se trata com suco de laranja, canja de galinha e cama, mas neste caso, como a gripe é intestinal, não podemos fornecer alimentos, pois estes viriam a causar uma intoxicação no paciente. Nossa melhor arma é ainda a alimentação parenteral: soroterapia e o repouso.

VERMES INTESTINAIS: Monteiro Lobato, escritor brasileiro já ha muito tempo idealizou a estória do "Jeca Tatu", um caipira que, tomado de verminoses é fraco e doente. Ancylostomas spp são vermes cujos adultos residem no intestino dos animais. Ao contrário de seus primos, os Toxocaras spp semelhantes aos Ascaris lumbricoides humanos, os Ancilóstomas não apenas digerem os alimentos recebidos por seu hospedeiro, neste caso os cães, como mordem a parede do intestino, provocando feridas por onde sugam o sangue.

Ora, se imaginarmos muitos vermes sugando o sangue de seu hospedeiro, ficará claro a espoliação e fraqueza orgânica de nosso amigo, o Jeca Tatu, e notem, quase todo o filhote nasce com larvas destes vermes, de onde concluímos que todos devem passar por um tratamento sério de combate a estas doenças.

PROTOZOÁRIOS: Seres unicelulares, conhecidos como Eimérias, juntamente com as famosas Giárdias também residem nos intestinos dos animais onde penetram nas células para se reproduzir. Provocam a morte celular e ferimentos intestinais. São adquiridos a partir da ingestão de ovos. Como os cães vivem lambendo o chão, o risco de receberem estes ovos, trazidos pelo vento é realmente bastante grande.

TOXINFECÇÃO ALIMENTAR: Alimentos úmidos, comida de mesa, rações de latinhas mal estocadas ou guardadas abertas, muito facilmente podem se contaminar com bactérias nocivas ao nosso organismo, bactérias estas que não somente estragam os alimentos, fazendo com que se ingeridos provoquem intoxicações como também causam infecções.

Como já vimos, várias são as causas do CGE, ainda uma das maiores causas de letalidade infantil (motivo de morte) em cães motivo pelo qual ressaltamos a grande importância não apenas da vacinação pediátrica como também as demais medidas da bio-seguridade indicada.


Geriatria Veterinária: Tratando bem os nossos velhinhos. 

O por do sol é um momento mágico! Os passarinhos se recolhem, mudamos nossa rotina, nos preparamos para a noite! A vida é igual, existe uma hora em que já não somos mais tão jovens e ainda não velhos. Este é o melhor momento para podermos avaliar nossa condição física. Aliás, não apenas a nossa, mas também a de nossos amados cães e gatos, que aos seis anos apresentam o desgaste físico equivalente ao nosso de 40, e a partir daí envelhecem 4 vezes mais que nós, ou seja, em um ano, envelhecem quatro ! Precisam não apenas das vacinas anuais, mas dos exames geriátricos, que se fazem cada vez mais necessários.

Com eles podemos avaliar quais as deficiências orgânicas que nossos "amiguinhos" já apresentam e corrigi-las antes mesmo que estas prejudiquem sua a saúde evitando assim prejuízos tanto físicos quanto financeiros, Prevenir é sempre melhor que tratar!!!

Recomendamos para os cães e gatos com mais de seis anos:

Esta é uma avaliação de custo muito reduzido em relação às vantagens que traz, não somente para a economia biológica. Consideramos estes exames fundamentais antes de uma cirurgia geriátrica.


Porque os Cães Arfam: Fisiologia e Perigos

Todos os animais tem que regular a sua temperatura. Os pecilotérmicos, ou seja, os que a regulam por meios externos, os chamados de "sangue frio", quando estão com hipotermia: falta de calor, se colocam ao sol para aquecerem-se. Se estão quentes demais escondem-se na sobra. Os Homeotérmicos, ou seja os de "sangue quente" quando então com frio se aninham, se protegem do vento, tremem para que o tremor muscular os esquente. Se estão com calor, ai precisam de alguma forma jogar fora o excesso de energia, perder temperatura, perder calor. Nós humanos, por exemplo suamos pela pele.

Os Canídeos: cães e lobos, não suam pela pele, perdem calor pelo trato respiratório. Quando um cão está arfando, com a língua para fora, respirando rapidamente, não está com sede, mas sim suando, inspirando ar frio e expirando ar quente e úmido jogando fora o seu excesso de calor.

Bem, nunca veremos um cão com marcas de suor nas axilas, mas será que esta técnica de perder calor é realmente eficaz??? Vamos pensar nos inconvenientes: Além de suar, os pulmões dos cães precisam trocar CO2 por O2, lógico, tem que respirar. Ocorre é que quanto mais rápido respira, mais transpira, mais troca calor, então o seu sistema de resfriamento funciona bastante bem.

O problema é que respirando muito rápido as inspirações e expirações são curtas, insuficientes para a troca efetiva de O2 e CO2 . Sabemos que nesta situação o volume de ar trocado não é suficiente nem para preencher se quer um terço da traquéia do animal. Boas trocas gasosas são conseguidas com profundas respirações.

Veja quanto tempo você consegue ficar arfando bem rápido, abra a boca e fique arfando como um cão. Ainda que esteja respirando, você notará certa tontura, falta de ar, hipóxia. Agora respire fundo, dez vezes, lentamente, você também notará uma outra tontura, é o excesso de ar, a hiperventilação.

Existem profissionais que precisam trabalhar com o seu cão, fazer uma banho, uma tosa, ou até mesmo uma consulta veterinária, e alguns cães mordem. Para sua segurança, estes profissionais tem de amarrar a boca dos cães.

O que acontece quando se amarra a boca do cão em um dia quente, e além disto o animal começa a se bater é que ele estará com reduzida capacidade de troca de temperatura e gases. Com isto se acumulará o excesso de calor e a faltará de O2. Começa a arfar, mas como a boca está amarrada, não consegue trocar ar, a temperatura de seu organismo sobe, aumenta a necessidade de perder calor, arfa ainda mais, não faz boas trocas gasosas e acaba entrando em colápso respiratório podendo até chegar a óbito por síncope cardíaca-respiratória.

Evita-se isto amarrando a boca do animal aberta, ou seja, pega-se um cano de um terço a um quarto do comprimento do focinho: êmbolo de uma seringa sem fundo, um pedaço de cano de pvc, e coloca-se na boca do cão com a abertura no sentido da passagem de ar, e então podemos amarrar sua boca. Quando ele arfar o ar encontrará livre passagem, e sem que os dentes encontrem o dedo do tosador.

Neste sentido a aplicação por médico veterinário e autorizada pelo proprietário de um ansiolítico, um calmante é recomendada aos mais agitados, pois evita este síndroma, aumenta a segurança do tratamento a ser feito.

O quadro descrito: Colapso respiratório do cão amordaçado é uma das principais causas de óbito em cães em casas de banho e tosa.


Cadeira de Rodas Para Cães

Um animalzinho foi atropelado, e seu proprietário corre para socorre-lo. Ao chegar à clínica, um exame geral, um ECG (Eletrocardiograma), algumas radiografias: Diagnóstico: uma fratura de coluna:

- "Seu animal não mais movimentará as patas traseiras."

- "Doutor, pode sacrificar!"

NÃO, PÁRA COM ISTO!!!

Este é mais um dos tabus contra o qual temos lutado. Humanos vivem anos a fio em uma cadeira de rodas.

Humanos que perderam as duas pernas vivem em uma cadeira de rodas e felizes, jogam basquete, entram nas olimpíadas, e por que temos de sacrificar os nossos animais???

Existem muitas razões que colocam um animal em uma cadeira de rodas, de forma definitiva, como uma amputação bilateral de fêmur, uma lesões de coluna: fraturas, hérnias de disco, os "bicos de papagaio", várias causas, vários motivos.

Bem, se a argumentação for que é mais simples a eutanásia, não se querer gastar com o animal, não ter interesse de salvá-lo, tudo bem, são argumentos contra os quais os médicos veterinários tem pouca ou nenhuma defesa, mas se por não ter jeito, pelo sofrimento do animal, ai então devemos sempre tentar uma nova técnica, mesmo que nunca tenha sido testada anteriormente.

Uma técnica nova poderá, no máximo não dar certo, mas qualquer ganho não será um ganho a mais sobre a morte??? E mais, a cada vez que tentamos o nunca dantes realizado, estamos correndo o risco de obter êxito, e assim estarmos promovendo a evolução da medicina e do planeta como um todo. É, a medicina cresce apenas quando alguém consegue algo que nunca antes se havia conseguido. Para isto temos que tentar.

Existem hoje muitos médicos veterinários, e nos incluímos nesta lista, se dedicando ao aprimoramento de técnicas especiais de construção de cadeiras de rodas, às quais apoiarão as patas traseiras e sustentarão o animal.

Lógico supormos que quanto mais leve o nosso mascote melhor, quanto menos obeso, mais fácil a adaptação, mas se um humano de 90 a 100 quilos pode viver em uma cadeira de rodas, por que não podemos desenvolver um aparato especial a um grande cão de 60 quilos???

Podemos, podemos sim, a cada vez que ensaiamos um novo aparelho, descobrimos novas formas e novos apoios para cada vez melhor podermos dar aos nossos amiguinhos uma condição de vida melhor.

 


Amputar antes de Sacrificar

Não é raro um acidente, um atropelamento e termos de amputar uma pata de um cão.

Muitas e muitas vezes temos encontrado inclusive a solicitação de eutanásia, sacrifício, devido ao fato de um animal ter perdido um membro, quer toráxico quer pélvico.

Ora, este é um grande preconceito.

Cães, gatos, e até outros animais podem muito bem viver com três patas. Eles aprendem a se equilibrar, vivem sem maiores problemas. Na maioria dos casos, até antes que os pontos da pele sejam retirados encontramos já nossos companheiros correndo e saltitando como se seu membro perdido nunca tivesse havido.

Este texto colocamos para solicitar que você não haja precipitadamente. Se um seu animal sofrer uma lesão grave, existem sim muitas técnicas cirúrgicas de recuperação de membros: abertas e fechadas, aparelhos de Thomas, muletas ortopédicas construídas sobre medida, aparatos especiais que podem suportar o animal durante a recuperação, e, até para os mais graves, existem os aparelhos de rodas definitivos.

Não cremos que a eutanásia seja realmente a única medida para todos. Temos tratado e curado muitos animais que, embora já desenganados, conseguimos excelentes resultados. Lesões de pele, otites crônicas, fraturas de membros e colunas, seqüela de cinomose, são algumas das condições que já temos visto ser preconizada a eutanásia, e em muitos destes casos, por não termos medo de nos arriscar, por não termos medo de enfrentar o novo, entramos com tratamentos opcionais, ainda em fase experimental, e para muitos dos casos já obtivemos uma sobrevida bastante satisfatória, tanto na qualidade de vida como no tempo em que estes ficaram aqui, enchendo nosso coração com sua amizade, carinho e atenção.

Não autorize a eutanásia antes de estar certo que realmente não existem outras opções. Este é um remédio definitivo de mais para ser utilizado tão freqüentemente como temos observado.