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Budismo

"Se esticarmos demais a corda da cítara ela se rompe,
se não a esticamos suficiente, ela não produz música."

 

Foi a apertir desta máxima que, Sua Santidade, Siddhartha Gautama idealizou os presceitos daquilo que hoje chamamos de Budismo.

Sua passagem na Terra, se deu na mesma época em que Lao Tse escrevia suas cinco mil palavras do Tao Te Chinng, há 2500 anos atrás, ou, em 500 antes de Cristo.

 

Sobre o Budismo, escrevemos um interessante texto que, talvez, lhe seja de interesse:

Gostaria de lhe oferecer algo que poderá ser encontrado em muitos textos Budistas, incluindo "BUDISMO: Psicologia do Autoconhecimento - O Caminho da Correta Compreensão" - de Dr. Georges da Silva & Rita Homenko, Editora Pensamento. Sendo necessário posso lhe dar alguma ajuda neste sentido.

Diz, Sua Santidade Sidarta Gautama, o Buda, que existem quatro nobres verdades:

 

1. O sofrimento existe;
2. Existem causas para que este sofrimento exista;
3. O sofrimento pode parar de existir;
4. Caminho da Correta Compreensão.

 

Estudemos cada uma das verdades em particular:

Em outras palavras, você me traz um animal até a clínica, ou seja, um animal está doente, sofrendo: o sofrimento existe.

Um estudo acurado me mostra que o animal está com verminose, portanto, a causa do sofrimento é os vermes.

Irei dar um vermífugo para este animal, para que ele não esteja mais com vermes: O sofrimento assim pode parar de existir.

Para que o animal não se torne novamente um verminótico eu devo mantê-lo em lugar limpo e asseado, oferecer boa alimentação e ainda fazer controles periódicos e tratamentos de parasitos em geral, tanto dos vermes quanto dos ectoparasitos. Este é o Caminho da Correta Compreensão.

Estas são as quatro nobres verdades de Sua Santidade Sidarta Gautama, o Buda.

Até ai é fácil, me dizem, mas e para passar isto para o meu problema pessoal, independente que qual o seja???

 

Bem, aí teremos de ver mais três valores:

1. Impermanência (Anicca) - Absolutamente todas as coisas são compostas, e tudo o que é composto se decompõe, se desmancha. Tudo o que é agregado se desagrega. A realidade no sentido Budista é a impermanência. As gentes não aceitam a impermanência. Queremos ter o que tínhamos e não temos mais. A impermanência nos mostra que não devemos nos apegar ao que tínhamos, mas sim ao que somos, neste minuto, neste segundo, aqui e agora, e sempre com a devida responsabilidade. Uma célere frase sobre o tema á a de Shakespeare: Isto também passará. Uma boa obra sobre o tema é AI - Artificial Inteligency.

2. Insatisfatoriedade (Dukkha) - é a condição humana de jamais se satisfazer com a simples alimentação do desejo, seja ele qual for. O exemplo nítido é o dos drogados em geral. Toma-se pinga, mas esta já não satisfaz, passa-se a associar à maconha para melhorar o efeito, acrescenta a cocaína, a heroína, o Crack e segue-se este caminho até a morte corpórea sem jamais se sentir satisfeito. O mesmo se dá com o alimento, com sexo, com a afetividade, que é a grande droga do século XXI.

3. Impessoabilidade (Anatta) - ou o Não eu. Basicamente é a idéia de que quem faz o que quer é criancinha, e quem faz o que é preciso é o ser superior. Se eu sei que beber um litro desta pinga me fará mal, não a tomo, mas se sei que um cálice de vinho ao jantar me fará bem, posso tomar. Chama-se o Caminho do Meio: se eu esticar demais a corda da cítara ela estoura, se eu não a esticar ela não cantará. O Ideal está na afinação perfeita, nem demais esticada nem demais solta.

Um detalhe importante aqui é: Onde eu estou, onde quero chegar, qual o caminho , e uma reflexão de: neste caminho em que me encontro, chego aonde quero? Sendo resposta afirmativa, dê um passo e pergunte-se novamente; mas sendo resposta negativa, reavalie as duas perguntas: devo mudar meu caminho ou minha meta?

Todos sabemos o que nos faz mal, nossos vícios: uma bebida, um cigarro, um sentimento, a preguiça, uma relação mal resolvida com companheiro, pai, mãe, ... Todos temos uma enorme tendência em ainda desejamos o que não temos mais (anicca), e nos apegamos ao que não somos mais (dukka), sempre dando valor demais ao ego, ao querer, aos processos de volição, enquanto não deveríamos nos apegar às coisas materiais, pelo menos não nos apegar demais Querer o que se têm é muito melhor de que tentar se ter o que se quer. Devemos ser quem somos hoje, não ser quem fomos ontem, ou seremos amanhã. e devemos ter o que temos hoje, não ter o que tivemos ou teremos, e, finalmente, devemos nos apegarmos aos processos de construção, não aos de volição.

 

Sua Santidade Sidarta Gautama, o Buda, ensinou:

Um homem em uma grande jornada precisando cruzar um rio, à sua margem faz uma jangada, a qual utiliza para fazer sua travessia. A jangada é, naquele momento, vital, uma questão de sobrevida, mas após terminar a travessia, ela perde a sua importância (Anicca). Nosso herói não deve arrastar aquela jangada para o resto da viagem procurando aumentar o seu prazer com ela (Dukkha), mas sim deve deixá-la no rio, pois ali sua função foi vital. Sua obra foi importante para ele naquele momento, mas não deve dar valor demais ao seu eu, ao meu, à obra, Anatta. Por isto os monges Budistas fazem lindos desenhos no chão com areias coloridas, as shantalas, e depois simplesmente os varrem. Tiram seu aprendizado na construção, não na volição.

Assim devemos agir, tomarmos a importância total da jangada durante aquela travessia, não tendo saudades ou apegos a sentir o chão nos pés, mas após, devemos deixar à margem de nosso rio atravessado as nossas jangadas, guardando delas as experiências e os melhores sentimentos de gratidão.

Espero que este texto o ajude.

Que O Grande Médico Veterinário do Universo, aquele que trata e cura todas as criaturas, nos acolha e nos abençoe a todos.